Nessa sessão, exponho como foi minha chegada a Santa Cruz de la Sierra, meus "dramas", medos, descobertas, alegrias e vivências desde quando decidi vir, passando pela primeira noite, o primeiro dia na cidade, minha matrícula, férias no Brasil até minha formação. Se queres acompanhar, vá clicando em "postagens recentes" e lendo toda minha história.
Tenham uma ótima leitura!
Uma bela noite estava eu no SAMU (era socorrista do SAMU de uma prefeitura da Grande SP) num plantão extremamente ocioso coçando o saco (não literalmente, claro) e desanimado pensando no que faria de minha vida já que havia me formado enfermeiro (sim, sou enfermeiro) e achava aquilo um saco (literalmente, claro) e, até então, não havia conseguido nada que realmente prestasse e que me trouxesse verdadeira satisfação pessoal e felicidade extrema (antes de mais nada, estou falando de dinheiro). E, alí, naquela ociosidade e sem uma perspectiva, eis que me surge uma figura que, até então, era conhecido como um doido desvairado: o Márcio (mais tarde explico quem é o Márcio).
Márcio trabalhava, assim como eu, no SAMU e também se encontrava desanimado da vida e sem grandes expectativas. E, em sua ociosidade, havia tido um insigth: estudar medicina!
"Onde?", perguntei e ele me respondeu sem rodeios: "Na Bolívia".
E, naquela noite, ele me contou tudo. Disse que conhecia alguém que já havia feito o mesmo, que seu caminho, apesar de árduo, havia terminado e a recompensa havia chegado, pois, hoje já é formado e estaria ganhando dinheiro como nunca havia imaginado, era um ótimo médico, realizado e feliz; e eu, alí na penumbra da noite de um plantão sem atendimento ouvindo aquelas fantásticas histórias, decidi que faria o mesmo.
"O caminho não é fácil", disse o amigo Márcio. "Mesmo tudo compensando depois", continuava ele, "chegar até o final não é para qualquer um"; e, enquanto ele falava eu já me imaginava nos caminhos de Santiago de Compostela em busca da tão sonhada realização.
Já não via mais nada. Não sentia mais gosto, cheiro, sono... viva e respirava a expectativa de mudar-me por seis anos a um país distante, exótico, de cultura e... calma lá, a Bolívia é bem pertinho.
Em casa, quase todos me acharam louco; os amigos apoiaram, a mãe de minha filha aceitou (sou pai da garotinha mais linda do mundo), minha mãe disse que mandaria a grana (cerca de 700 reais) e eu fiz as malas. Pedi licença no SAMU e me mandei.
É claro que tudo isso aconteceu de uma maneira muito mais profunda, mas procurei encarar dessa forma como descrevi, pois a decisão se tornou mais fácil de ser tomada e pude definir melhor um "sim ou não". Na minha situação (é só continuar lendo os próximos post, pois descrevo o sufoco que passei - e venho passando) eu precisava, de fato, fechar os olhos e seguir em frente, se um dia quisesse ser médico.
É claro que tudo isso aconteceu de uma maneira muito mais profunda, mas procurei encarar dessa forma como descrevi, pois a decisão se tornou mais fácil de ser tomada e pude definir melhor um "sim ou não". Na minha situação (é só continuar lendo os próximos post, pois descrevo o sufoco que passei - e venho passando) eu precisava, de fato, fechar os olhos e seguir em frente, se um dia quisesse ser médico.
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Nos próximos post, em ordem cronológica, conto como tudo aconteceu e vem acontecendo nessa minha doida jornada.
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