O ignorante especialista
é a pior espécie animal que existe. Dá opinião em tudo, mete o bedelho onde não
é chamado, fala com propriedade de assuntos que nem ao menos ouviu falar. E o
ignorante especialista brasileiro é o pior.
Nunca pensei que fosse
viver num mundo onde a Luisa Mel (uma apresentadora desempregada de programas
de fofoca e de petshop – versátil - que nem lembrava mais da existência) fosse se tornar uma revolucionária. Uma,
como ela mesmo se autodenominou, “abolicionista”.
Todo mundo está cansado
de ler e reler e compartilhar coisas acerca da invasão ao instituto Royal para,
segundo os “libertadores”, salvar vidas. Postagens de beagles, uma raça de cachorro
bem bonitinho, com carinha triste, ou listas com nomes de laboratórios que
fazem testes com animais. É a tecnologia nas mãos de todos.
Nem quero entrar no
mérito legal, já que o Brasil é um país onde as leis são, de fato, totalmente
ignoradas; muito menos na questão chave de como é feita uma pesquisa científica
para a descoberta de um medicamento, já que qualquer um que queira discutir
esse assunto deveria ao menos pesquisar e descobrir como é, pois, na internet
tem muitas fontes que tratam do assunto. Seria melhor do que ficar compartilhando
coisas na rede.
E os monstros? Os
cientistas. Imagine você estudar cinco anos de farmácia, mais dois ou três de
bioquímica, mais um tempo de mestrado e doutorado; saber, de cor, fórmulas
químicas complexas, induzir reações, criar elementos e ter em mente que, hora
ou outra, poderá encontrar a cura ou vacina de uma doença qualquer; pode ser um
câncer ou um gripe. E, junto com médicos, biomédicos e outros pesquisadores,
encontrar algumas respostas que poderiam salvar milhares de vidas humanas. Não
quero medir a vida de um animal irracional com de um humano. Meça você mesmo:
você que não quer que sejam feitos testes em animais, responda-me com toda
sinceridade, numa hipótese de ter um filho doente com leucemia, e a resposta
para a cura dele estando num daqueles cachorros, o que estaria pensando agora.
Saber que seu filhinho vai morrer porque tem gente querendo salvar alguns
cachorros que dizem sofre de “mal trato a animais”; não sou eu que estou medindo,
meça você.
Ai o cara descobre os antirretrovirais,
os analgésicos, antidepressivos depois de testá-los em animais e se torna um
monstro. Será que esses (me sentindo resignado ao escrever o adjetivo que se
segue) “ativistas” não tomam remédios?! A pergunta já é lugar comum a estas
alturas desta celeuma, mas ainda tem forças de argumento; ainda que debater com
radicais, que jogam com o coração, com a emoção, com rostinhos de animais em
fotos meigas de Facebook seja uma grande perda de tempo, o pensamento ainda é
valido. Ignoram leis, porque não ignoraria argumentos razoáveis? Até o boi sabe
disso.
Voltando a tal Luisa
Mel, a defensora dos animais. Já a visualizo no próximo “A Fazenda”, um
programa que, sem dúvida, é a sua cara. Cuidando de animais, sua “especialidade”.
Cuidando de sua profissão quase fracassada e ganhando algum dinheiro por isso.
Não devemos esquecer que a industria farmacêutica lucra horrores com a venda de medicamento, mas creio eu que isso é outra história; podemos até considerá-la, mas é outra história.
Não devemos esquecer que a industria farmacêutica lucra horrores com a venda de medicamento, mas creio eu que isso é outra história; podemos até considerá-la, mas é outra história.
Enquanto isso, os Premio
Nobel, os cientistas, os monstros que descobrem curas, que criam vacinas, que
encontram remédios para aliviar o sofrimento de humanos (e, por que não, de
animais) são taxados de desalmados, desumanos... monstros.
Foi oferecendo a carne,
ao homem, que o boi sobreviveu. Caso contrário, já estaria extinto havia séculos.
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