sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Operação Esculápio - diplomas falsos de médicos

A situação vem se repetindo há muito tempoPrimeiro, o cara quer ser médico e, por algum motivo que, sabe-se lá qual, não quer estudar suficientemente para tal. Vestibular no Brasil demandaria muito tempo, os preços são salgados e se formar médico no país tupiniquim seria cansativo e quase inviável, segundo os planos de alguns. Então vem aquela (cada dia mais) famosa ideia de estudar fora do Brasil e, sem dúvida alguma (só ler os dados oficiais), a Bolívia é o principal destino.
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Deve-se dizer que a ideia de estudar fora, seja na Argentina, na Bolívia, no Paraguai é legítima, desde que o formado se submeta a um processo de revalidação e faça tudo legalmente. Mas não é sempre isso o que acontece.
Hoje, no Mato Grosso (MT) a PF (Polícia Federal) brasileira deflagrou a “Operação Esculápio” que cumpriu 41 mandados de busca e apreensão devido investigações de que essas pessoas estariam tentando revalidar o diploma com documentação falsificada.
As investigações iniciaram a partir da denúncia da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) de que esses 41 cidadãos poderiam estar portando documentação falsa e, após entrarem em contato com as universidades onde essas pessoas teriam se formado, foi constatado que eles nunca pisaram os pés em tais universidades ou simplesmente abandonaram o curso e não concluíram. A partir de então, a UFMT encaminhou a denúncia à PF que encaminhou à justiça.

Como funciona o esquema?
Essas pessoas que querem ser médicas e não estão nem um pouquinho preocupadas em estudar, vão até a Bolívia acreditando que encontrarão mil e uma facilidades e, ao se depararem com a ideia de passar 6 1/5 ou 7 anos (média de duração de um curso de medicina na Bolívia) estudando, se desviam de seu caminho original.
É sabido que, assim como no Brasil, na Bolívia existe muita corrupção em todas as esferas e, ao se depararem com brasileiros endinheirados, oferecem o máximo de facilidade que puderem vender. E vender diploma de médico acabou virando um negócio lucrativo.
Esses “alunos” compram seus diplomas e chegam ao Brasil com a “novidade” e, na terra do carnaval, encontram mais alguns dispostos a fazer o mesmo e então se forma a rede de corrupção de compra e venda de diploma falso.
A PF sabe disso, o Ministério Público (MP) sabe disso, o Ministério da Saúde (MS) sabe disso, as Universidades bolivianas sabem disso, eu sei disso e todos os alunos que estudam na Bolis sabem disso e, agora, que a farra está tomando proporções impensáveis, resolveram fazer algo, afinal, qualquer um com 10 mil dólares poderia comprar um diploma de médico saído de dentro da universidade sacado por funcionário corrupto. Na Bolívia, todo brasileiro sabe quem compra e quem vende diploma falso, todos sabem qual é essa quadrilha e isso até se tornou lugar-comum. A unica universidade de Santa Cruz de la Sierra citada nesta investigação foi a UNE - Ecológica. Jerges Justiniano, embaixador da Bolívia no Brasil e co-fundador da UNE, disse à Rede Globo que pedirá que a INTERPOL investigue a situação e puna os envolvidos. Ninguém da referida Universidade falou oficialmente, exceto uma postagem no Facebook de um funcionário (no final deste post).
A Operação Esculápio, que tem esse nome devido "Esculápio" ser o Deus da cura na mitologia greco-romana, ainda busca alguns foragidos. Entre eles, enfermeiros, técnicos, aventureiros e outros que creiam que seriam médicos gastando uma "pequena" grana; um investimento fácil.
O que me preocupa é saber que apenas 41 pessoas foram detidas. E que somente agora, em 2013, é que fizeram alguma coisa numa situação epidêmica de compra e venda de diploma falso que perdura há anos. Quantos “médicos” estarão exercendo a medicina nesse momento, após terem entrado nesse esquema? Matando pessoas e ganhando dinheiro sujo.

Quer saber mais? Digite, no Google, "operação esculápio" e veja os resultados.

Abaixo, a Nota da UNE divulgada no Facebook que rendeu muitos comentários dos estudantes: 
Comunicamos a los estudiantes de la Universidad Nacional Ecológica, que ante las noticias vertidas por la prensa, referente a la venta de títulos falsos, la Universidad tenia conocimiento y procedió a realizar la demanda ante las autoridades pertinentes, proceso el cual, se origina con la solicitud de diferentes Universidades de Brasil, de que la Universidad certifique la validez de los diplomas de diferentes ciudadanos Brasileros que se presentaron en los exámenes de re valida, lo que constato la falsedad de varios diplomas.
La Universidad Nacional Ecológica, repudia este acto delictivo y esta trabajando con las autoridades Bolivianas para que todas las personas involucradas en este delito sean procesadas y que sea la justicia quien determine su situación.
Se esta trabajando con las Universidades del Brasil , para certificar los estudiantes egresados de nuestra Universidad y que no vuelva a ocurrir estos actos delictivos realizados por algunos , que serán castigados por la justicia de Bolivia y Brasil.
La Universidad Nacional Ecológica no permitirá ni ayudara a nadie, que este involucrada en estos actos, agradeceríamos que su alguien sabe de algo, se contacte con el fiscal que esta llevando la causa o con nuestro departamento legal.
Por otro lado , les informamos que estamos trabajando en un nuevo diseño curricular basado en las neurociencia y en las competencias de nuestros estudiantes, lo que sera muy novedoso y facilitara el aprendizaje de todos.
saludos,
Lic. Walter Gasser

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