E o preço para estudar, será que é mesmo bom? É barato fazer medicina na Bolívia?
A resposta é não! Não é (mais) barato fazer medicina na Bolívia.
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Outro ponto é a economia; especificamente, o câmbio. Como nos últimos meses (18 meses), o dólar (U$) subiu, e muito, em relação ao real (R$), e não foi uma subidinha simples. Subiu nesse período cerca de R$ 1.00. Parece pouco, mas façamos umas continhas bem básicas:
Comecemos com o valor do câmbio há um ano e meio atras e faremos o cálculo sobre UM dólar:
Há um ano e meio U$ 1 = R$ 1.80 = B$ 7 (peso boliviano)
Hoje, U$ 1 = R$ 3.00 = 7 B$
O que isso significa? Significa que, se eu quiser comprar B$ 7, vou ter que gastar R$ 3.00 e não mais R$ 1.80.

E o que isso significa? Significa que, se eu quiser comprar os mesmos B$ 7, vou ter que gastar R$ 3.20, ou seja, 1.20 real a mais em relação há 18 meses atras.
Na prática funciona assim:
Há um ano e meio atras, eu, se tivesse mil reais, comprava quatro mil pesos boliviano, hoje com os mesmos mil reais, só compraria dois mil; uma perda de dois mil pesos boliviano, o valor de uma mensalidade e um aluguel. E, obviamente, se saca dois mil reais, a perda dobra e assim sucessivamente.
Além das perdas cambiais, tem também outra questão: nos últimos anos, se cotarmos o valor em dólar, os preços das universidades mais que dobraram. Aqui havia mensalidade por menos de U$ 100, hoje tem por mais de U$ 400. Some a isso as dezenas de taxas que vêm sendo cobradas pelas universidades para realizar coisas que antes eram gratuitas; por exemplo, se quiser retirar um documento, precisa pagar e não é pouco; se quiser revisar sua prova, precisa pagar e não é pouco, mesmo que o erro tenha sido de terceiros (como, p. ex., um funcionário esquecer de colocar a nota no sistema). Tem uma multa, na universidade onde estudo, que é de 5 mil bolivianos (2.500 reais)
Para tudo o que for fazer, você precisará de dinheiro, até para uma consulta médica.
Cuidado com pessoas que vendem sonhos na internet prometendo as maravilhas de estudar fora do Brasil, mais propriamente na Bolívia. Nem tudo é um mar de rosas.
Estou aqui há alguns anos e vejo que, a cada dia, as coisas vêm se complicando mais; o índice de desistência é absurdamente alto. São pessoas que param de estudar depois de terem dedicado um, dois, três e até quatro anos de estudo fora do Brasil e agora, por não terem mais dinheiro, simplesmente estão abandonando. Muito cuidado!
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