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4/11/2012
As vezes me pergunto se tudo valerá a pena.
Ir ao Brasil uma vez por ano e ficar longe de todo mundo por tanto tempo.
Esses dias tive péssimas noticias vindas do Brasil; mãe doente, idosa e que, com 78 anos, mora sozinha e precisa de mim, notícias de uma irmã que tentou suicídio, pôs fogo na casa (não gosto de me expor assim, mas as vezes é bom desabafar, mesmo que seja num blog) e tudo isso me faz remoer a validade de tudo.
Ficar longe de minha filha que está crescendo e, além da falta que me faz, perder também o acompanhamento mais próximo de sua vida, de sua rotina, manias, medos e muitas outras coisas. As vezes sinto uma dor física de sua falta; a falta de um abraço ou de ouvir sua voz.
Sei que não estaria fazendo grandes diferenças se estivesse no Brasil; talvez estivesse evoluído, num ótimo emprego ou, se lá, talvez as coisas estivessem mais encaixadas e pudesse ajudar aqueles que precisam de mim ou pudesse estar mais próximo e, somente isso, já pudesse fazer alguma diferença. Não sei dizer ao certo. É só um momento de dúvida, mesmo.

Já não sou moleque, já passei da idade de cometer erros gritantes de sair de um país para estudar e atirar no escuro. Mesmo assim, as vezes me questiono se tudo valerá a pena, se não é egoismo de minha parte.
Só o tempo dirá...
A maioria das pessoas vão ao Brasil nas férias de verão e de inverno. Eu só vou no verão. Preciso adiantar algumas matérias nas férias (que quase nunca dá para fazer), poupar dinheiro (viajar não é barato) e me mantenho distante de tudo, mesmo nas férias.
Muitos bolivicongs vão ao Brasil várias vezes no ano, inclusive nos feriados.
A vantagem é que estou rodeado de pessoas abençoadas que amenizam as dificuldades aqui vividas. Uma delas é a MT. Uma pessoa que entrou na minha vida pra ficar e que vem me ajudando muito nessa difícil jornada (Editado: Ja saiu da minha vida, kkk).