sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Revalidação de diploma de médico




Para trabalhar no Brasil, o formado em medicina terá de prestar a prova de revalidação de médico formado no estrangeiro, o Revalida, que é a prova oficial unificada que vale para todo o Brasil. A prova é realizada simultaneamente em diversas capitais brasileiras. É o meio mais acessível de revalidar o diploma e todos os anos a prova é realizada e, a cada edição, mais pessoas de todo mundo de diversas nacionalidades se inscrevem para poder exercer a medicina no Brasil. 

A prova é em duas fases, a primeira, objetiva com 110 questões de múltipla escolha mais 5 questões dissertativas; a segunda fase é de habilidades clínicas onde o revalidando terá de mostrar sua capacidade técnica atendendo pacientes (atores) simulando situações reais.

O assunto revalidação de diploma, para quem estuda medicina na Bolívia, é sempre polêmico. 


Infelizmente não são todas as pessoas estão dispostas a prestar uma prova para poder exercer a medicina no Brasil e inventam varias modalidades para poderem trabalhar como médico, inventam mil e uma gambiarras para poderem escapar de tal prova; muitas vezes coisas bem irreais e, quase sempre, criam modalidades de golpes com promessas de revalidação “fácil”. 

Eis algumas promessas que, vira-e-mexe, surgem por aqui:

Transferência. 

Essa é clássica. O que acontece é que dos muitos que vêm para Bolívia, a maioria jamais conseguiria passar num vestibular no Brasil; jamais! Então, para enganar o sistema, muitos vêm para cá (ou Argentina, ou Paraguai, ou qualquer outro país que não tenha vestibular), começam a estudar e depois de um tempo, “pede” transferência para o Brasil. Algumas vezes até dá certo; a pessoa transfere e termina o estudo no país do carnaval. Muitos saem, daqui, no sexto, sétimo ou até oitavo semestre e voltam para o primeiro, segundo ou terceiro; outros se mantêm no semestre atual, mas é mais raro.

A transferência, na enorme maioria das vezes, custa de 20 a 50 mil reais pagos a universidades ou a intermediários que lucram horrores com isso.

O que passa é que, depois de seis meses no Brasil, muitos destes alunos estão de volta para a Bolis porque não dão conta do grau de “dificuldade” que encontram em terras tupiniquins. 

Dinheiro e tempo jogado no lixo.

Muitos acreditam que encontrarão, no Brasil, as mesmas facilidades encontradas aqui. Mero engano (claro que existe exceção, sempre tem exceção).

Compra de CRM

Muitos mal informados creem que se compra “CRM”. E, pior, aqui em Santa Cruzes está cheio de gente prometendo isso (os mesmos que intermedeiam transferências). Para esses, um pouquinho de informação:

1.  Para poder trabalhar no Brasil, é preciso CRM e, para ter CRM é preciso passar na prova de revalidação.

2. Não existe compra de CRM, o CRM não revalida diploma. O CRM só concede o registro a quem tem diploma validado pelo MEC, seja nacional ou estrangeiro (este, REvalidado).
3. ou seja, quem revalida diploma é o MEC brasileiro.

 Existem inúmeras formas de revalidar diploma. Pode ser pelo Revalida, por InstituiçãoUniversitária Pública que tem curso de medicina, liminar na Justiça (não vou por link pois são quase todos picaretas) (que pode ser cassada a qualquer momento e quase não tem mais isso de liminar porque juiz nenhum concede mais); através de editais de governos estaduais vinculados a universidades também estaduais onde o revalidando trabalha para SES (Sec Est. de Saúde) por dois anos, com CRM provisório, recebe salário normalmente e depois de dois anos está revalidado (precisa fazer prova antes de ingressar)

Como se vê, para trabalhar no Brasil, sim ou sim, precisa fazer prova e é rotineiramente uma prova bem básica; algo que qualquer médico precisa saber para atuar como tal (Leia aqui, fiz o Revalida e passei), mas a maioria esmagadora reprova, e reprova feio. 

Lembrando que tem muito bolivicong que está pensando em se formar e se manter na ilegalidade. Isso é crime.


Lembrando, também, que todos aqueles que se formarem aqui na Bolívia e que fizerem o processo de revalidação, e passar, tem todo o direito de exercer a profissão com igualdade de direito a qualquer um formado na USP; o que sou contra, na verdade, é a ilegalidade, as falcatruas (aqui tem demais), a corrupção (no Brasil tem demais!).


Vir pra Bolívia já é optar pelo caminho mais "fácil" (preço, não tem vestibular, as avaliações são mais simples e menos exigente, etc), querer facilitar ainda mais com falcatruas é inadmissível.










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