Estava aqui pensando nos tempos em
que entrei para área da saúde e me comparando com o momento “médico” que vivo
agora. É maravilhosa a transformação. Não é somente em termos de conhecimento,
mas de maturidade mesmo. Hoje vejo as ciências médicas com outros olhos. É uma
constante transformação.
Lembrava dos meus momentos de SAMU,
de quando amava atender politrauma (todos que trabalham no SAMU amam atender
politrauma) e hoje me pego estudando ginecologia e simplesmente adorando;
sempre odiei ginecologia (a matéria ginecologia, que fique claro, rs) e hoje me
encontro num prazer tão grande estudando (estudando!) esta matéria que chego
até a pensar que poderia, um dia, fazer GO como especialidade.
E assim vai. Já fui louco por psiquiatria
(tá, ainda louco), já sonhei com dermatologia (aff) e meus olhos já brilharam por oftalmologia; sou viciado por anestesiologia (precisa falar porque?!), já quis ser até
pediatra (mas não teria saco com as mães e pais no meu pé) e nunca tive muita gana por
cirurgia. Essa semana, 2 pessoas diferentes me disseram que eu tinha pinta de
cirurgião; acho que devo ter operado essa pinta, então, porque realmente não
curto cirurgia (e o cara do politrauma?! Então...). É querer tudo e, hoje, mais
do que nunca, sei que posso tudo. Pretensão demais para um mero bolivicong?! Não,
não é... acho de uma total falta de autoconfiança não acreditar que pode chegar
lá; não se espelhando em outros, não “sonhando” acordado, não se olhando como
uma estatística (tipo, vou ser o 1% que passou no revalida e o 1% que passou em
residência na USP); mas olhando para si mesmo e dizendo que pode e,
principalmente, fazendo por onde. E por falar em “fazer por onde”, mais do que
nunca eu venho fazendo. Não posto fotos no face com livros, com roupas brancas,
com esteto no pescoço ou fico me expondo o “sabichão” nas redes sociais; mas,
cara, não há sensação melhor do que você olhar para trás e ver o quanto está
suando a camisa, o quanto está se esforçando e o quanto aprendeu em um mês o
que havia deixado de aprender em um ano. É maravilhoso dar a resposta àqueles
que esperam por mim como minha família (mãe, irmãos, amigos e filha).
O cara do SAMU, que amava politrauma
e que saiu de sua zoninha de conforto largando tudo para ser médico, descobriu
que pode ir muito mais além do que se pensou; além de que qualquer
subespecialidade, a mais TOP de todas.
Descobriu, de uma vez por todas, que nasceu para ser um ótimo clínico geral.
Essa postagem faz parte de minha história fazendo medicina na Bolívia, Clique aqui e leia do início ou clique abaixo e continue lendo.
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