Acabei mais uma etapa de
meu internato rotatório, gineco-obstetrícia e faço, agora, um breve resumo de
tudo.
Confesso que GO nunca foi
meu forte, tanto em termos de conhecimento como, sei la, medicina mesmo. Na
verdade, na minha cabeça doentia, medicina só é a parte clínica, a famosa
medicina interna (ou clínica médica, como é mais comumente chamada no Brasil) sendo que GO e cirurgia não me é medicina; e pediatria parece medicina de brinquedo. Outra coisa sobre GO, como esses caras conseguem passar a vida inteira vento tanta ppk (de todas as cores, de varias idades e muitos amores) sem enjoar? Mais uma piadinha: ser GO é estar no melhor lugar no mundo, mas no momento errado... só mais uma: O que é um estudo duplo-cego? um ginecologista e um obstetra avaliando um eletrocardiograma... rs
Bom... zueiras à parte, vamos ao que interessa.
A rotação, ao contrário do
que pensei que seria, foi boa. Realmente aprendi coisas bem interessantes e que, se não
fosse essa rotação, eu não teria aprendido. Ao contrário de minhas experiências
em pediatria, na GO, os residentes são mais tranquilos e menos estrelinhas, os
especialistas são meio metidos a besta e se acham a última bolacha do pacote.
Claro que tem suas exceções. E sem contar que os especialistas de plantão se
reservam a carimbar papeis e fazer cesarianas. E por falar em cesarianas...
A decepção ficou por conta
da quantidade excessiva de cesarianas. Deve bater a casa dos 80% entre todos os
partos. Taxa altíssima.
No mais, o hospital tem
estrutura interessante que consegue atender a demanda. E a ele vem casos bem
interessantes e até um gêmeo siamês apareceu por la.
Conheci gente
interessante, interessada, inteligente, sem noção. Fiz amigos que vão perdurar
além do internato. Valeu a pena. Já sinto saudades.
No mais, agora uma pausa
em tudo. Tudo tem seu tempo, mas em breve eu volto para terminar essa história.
Leia aqui a ultima parte do Diário de Um Interno de Medicina
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