sábado, 28 de janeiro de 2017

Revalida 2016 (Parte 2) – Prova Objetiva

Nessa rápida sessão, vou expor como foi a prova do revalida 2016.


Não sabe o que disgrama é Revalida, clique aqui e descubra

A Prova Teórica desse ano foi composta de 100 questões objetivas que valiam 100 pontos e 5 questões de discursivas que valiam, somadas, 50 pontos. Ou seja, a prova teórica valeu 150 pontos.

Eu esperava tudo nessa prova. Estudei desde vacinação até critérios diagnósticos de Púrpura Trombocitopênica Trombótica (mesmo sabendo que ia esquecer em apenas um dia). Obviamente, dei muito mais ênfase a medicina de família, que é o que mais cai no Revalida. Comecei mal para caralho. Estava nervoso. Tanto que, no gabarito, errei muito as primeiras questões. 
Senhor, me fala os critérios de PTT
Senhor?
Senhor?
100... OR, volta aqui, senhor!

Ao longo da enorme prova, fui melhorando. Tinha questão que eu dava risada de tão fácil que era e ficava lembrando dos meus anjos do Medcel e Medcurso com seus mnemônicos e dicas realmente infalíveis (no final, uma homenagem aos mestres). Outras questões eu não sabia e não fazia ideia do que era. Caiu de tudo, coisas como TCE, corpo estranho no ouvido, Sífilis (sempre cai), Zika, DM descompensada, legislação, partograma (sempre cai) e muito do que, quem estuda medcurso/cel, já está cansado de saber.

Foi bem cansativo, mesmo assim terminei bem antes do horário estipulado e sai com a sensação de ter feito um bom trabalho.

Na tarde, veio a prova discursiva. 5 questões que valiam 50 pontos no total... fáceis, muito fáceis. Os temas foram: obesidade infantil, estupro, uma mulher que queria exames complexos para investigar uma simples dor de cabeça, síndrome metabólica e trauma. Uma dica: sempre cai trauma em algum momento da revalidação. Sempre!

Temas fáceis. Bastava saber o básico para acertar ao menos cinquenta por cento desse exame.

O que eles queriam com esses temas? Vou citar dois exemplos que se seguem abaixo:

Sobre a obesidade infantil, eles queriam que você soubesse diagnosticar, pelo gráfico da OMS, a obesidade infantil, que soubesse a importância do tema e de como lidar com um “pacientinho” nesta situação; como orientar a família sobre hábitos higiênicos e dietéticos e sobre as complicações que um gordinho pode ter.

Sobre o estupro: era uma mulher que lhe chegava ao PS com relato de ter sofrido, há 2 horas, um estupro e eles queriam saber toda a propedêutica médica sobre essa paciente. Bastava você acolher a mulher e fazer todas as profilaxias, orientações e exames necessários para esse caso. Muito fácil. Aqui entra outra dica: sempre vai cair violência doméstica ou sexual na prova. SEMPRE! Ou seja, você que vai fazer essa prova, estude isso.

Como se vê, nada de outro mundo.

Para passar na primeira etapa, era necessário fazer 77 pontos do total de 150 (100 da objetiva e 50 da discursiva). Pouco mais que 50%.

E O resultado? Passei?!

Sim, passei. E foi um sofrimento como já conto a seguir.

Passei, porra... passei caralho... passei, miseraaaaaa!!!

O gabarito provisório da prova objetiva foi liberado dias depois da realização da prova. Como já disse anteriormente, eu estava confiante, mas ao abrir o gabarito, me decepcionei. Tinha marcado apenas 63 ou 64 pontos de 100 questões. Eu, sinceramente, esperava algo entre 70 e 80, mas eram apenas 60 pontos. Tinha muita questão mal elaborada e com respostas erradas que eles deram como correta no gabarito, com equívocos bizarros e todos nós, participantes, fizemos muitos recursos, muitos mesmo e, com isso, quando saiu o gabarito definitivo com as correções, cheguei a 70 pontos, foram 6 pontos que os danadinhos iam tirar de mim. Com isso eu fiquei bem mais tranquilo só esperando o resultado da prova discursiva que demorou bem mais tempo para sair. Quando saiu o resultado da prova discursiva, foi uma “festa”. Fiz 35 pontos, totalizando 105 pontos no total. Passei com muita folga. Valeu, Inri Cristo!

Que Deus ajude seus pacientes!
Logo depois de darem o gabarito final, liberaram o resultado final da prova teórica e já abriram inscrição para a prática. Fui correndo me inscrever!

É isso. Nos próximos posts devo falar como foi a prova prática. Foi a mais foda de todas, ao contrário das outras edições.


To sir, with love.

Pequena homenagem aos mestres do Medcel e Medcurso, sem esses caras a tarefa de passar nessa prova seria ainda mais árdua. Bom, poderia citar o nome de muitos outros aqui, todos eles me ajudaram bastante, mas esses ai fizeram história.

Obrigado aos doutores:

Vinícius, o cara mais empolgado da pediatria
Flávio, o cara da pediatria que tem mnemônicos mais fodas (citomegalovírus = central, toxoplamose = total... hahahh👍)
José Paulo, o mais foda da medicina intensiva. Foda, foda, foda, foda. "Aprendi" distúrbios ácido-básicos com ele.
Germano da cárdio.
Jader, o gaúcho da ginecologia
Fabrício, o cara da pneumologia. Alguém ai conhece o mnemônico Mario Tecoti? 🙋
José Américo, o cara da cirurgia abdominal. Vi o Dr Américo num curso em SP e tive o prazer de cumprimentá-lo. Humilde e gente boa.
Flávia, a "mestra" dos antibióticos
Fabio, o cara da GO e da epidemio.
E, claro, Dr Mario Brochini, a louca da GO. Abaixo, um vídeo que foi feito na época de sua morte. Quem é das antigas vai se lembrar dele.😢






Gostou? Compartilhe!




0 comentários :

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...